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POLÍTICA

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Revista Fanzine - Eduardo Campos

11.2016

Bernardo Rossi vence em Petrópolis

Bernardo Rossi é eleito prefeito de Petrópolis no segundo turno

 

Bernardo Rossi, do PMDB, foi eleito neste domingo (30) o novo prefeito de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, para os próximos quatro anos. Com 100% dos votos apurados, o peemedebista, que é da oposição, teve 79.296 votos, o que corresponde a 52,65% dos votos válidos, contra 71.320 (47,35%)  do atual prefeito Rubens Bomtempo (PSB).

 

O número de votos brancos foi de 6.356 (3,56%), nulos, 21.401 (12%),  e de abstenções,  66.275 (27,09%). Isso quer dizer que 94.032 dos 244.648 eleitores do município deixaram de escolher um representante.

 

Eleitores, amigo e parentes de Bernardo Rossi se reuniram na Praça da Inconfidência e cumprimentaram o novo prefeito. Ele chegou acompanhado do vice, Albano Batista Filho, o Baninho (PMDB), atendeu a imprensa e saiu em carreata pelo Centro da cidade.Devido à grande aglomeração de pessoas(vídeo ao lado), a rua Caldas Viana precisou ser interditada ao tráfego.

 

A vitória de Bernardo também traz, pela primeira vez, um candidato do PMDB ao posto mais alto da política municipal em Petrópolis. Em seu currículo, o novo prefeito acumula passagens pela Câmara dos Vereadores de Petrópolis por duas vezes, também foi eleito duas vezes deputado estadual e foi secretário de Estado de Habitação no Rio de Janeiro.Assim que saiu o resultado nas urnas, Bernardo Rossi emitiu a seguinte declaração à imprensa:“Agradeço a cada um dos 79.296 eleitores que com seu voto tornaram possível a realização do meu sonho de ser prefeito para melhorar a vida das pessoas. Hoje começa uma nova etapa na vida do petropolitano. Sei que teremos muito trabalho pela frente, que muito precisa ser feito para transformar a nossa cidade, para que Petrópolis volte a crescer e a se desenvolver. Assim como fiz como vereador e como deputado, vou honrar, com muito trabalho, o voto de cada petropolitano que se uniu a nós e confia neste objetivo de construirmos uma cidade melhor. É um compromisso com a população”, disse a nota.

 

 
Sobre Bernardo Rossi


Aos 36 anos, casado com Sabrina, pai de Bernardinho e Beatriz, Bernardo Rossi se formou em direito em 2002, pela Universidade Católica de Petrópolis (UCP). Se elegeu vereador pela primeira vez em 2004 e repetiu o feito em 2008. Já em 2010 foi eleito deputado estadual e apresentou mais de 150 projetos. Nas eleições de 2012 disputou pela primeira vez o cargo para prefeito de Petrópolis, mas foi vencido por Rubens Bomtempo no segundo turno, com 43,95% dos votos, contra 56,05% do candidato do PSB.
 
Em 2014 foi reeleito a deputado estadual com 56.806 votos, o mais votado na história da cidade. Sua experiência como administrador público inclui a Secretaria de Estado de Habitação, onde assumiu em 2015, a convite do então governador, Luiz Fernando Pezão, ficando no cargo por 12 meses.

 

 

 

Revista Fanzine - Vote no Plebiscito Constituinte

01.2015

Juca Ferreira toma posse no MinC

Leia na integra o discurso de posse do sociólogo no Ministério da Cultura

 

 

Discurso de posse – Juca Ferreira

Brasília, 12 de janeiro de 2015.

 

É com enorme alegria e profundo senso de responsabilidade que chego para este reencontro. Em 2003, o presidente Lula convidou Gil para um reencontro do Brasil consigo mesmo. A reeleição da presidenta Dilma Rousseff é a confirmação de que este desejo permanece vivo, pulsando no coração dos brasileiros. De um país que hoje é muito mais orgulhoso de si, decidido a promover mais mudanças e a avançar criativamente na agenda de suas reformas estruturais. Mais uma vez, o povo brasileiro soube soberanamente fazer suas escolhas.

 

Aceitei, honrado e orgulhoso, o convite que me foi feito pela presidenta da República. Como Dilma, fiz oposição à ditadura e a ela sobrevivi. Como Dilma, também me comove pensar que uma geração de sobreviventes venceu e permanece na luta pela construção desta democracia popular, mestiça e tropical, que tantas paixões alimenta em seus filhos. Como Dilma, tenho profundo amor pelo Brasil, fé em nosso povo e esperança em nosso futuro comum. O Brasil foi o grande sonho de nossa geração e continua nos inspirando a não fugir da luta.

 

Nosso projeto coletivo de nação já superou barreiras históricas. Estamos vencendo a fome, reduzimos drasticamente a extrema pobreza e reconquistamos o direito de sonhar.Promovemos uma das maiores mobilidades sociais que se tem notícia na história. Nos tornamos referência mundial na redução das desigualdades.

 

Mas a redução das desigualdades econômicas não basta! É preciso avançar com firmeza e determinação também na redistribuição do poder simbólico e político no Brasil com a democratização da produção e do acesso ao conhecimento e à cultura. No momento em que o mundo assiste a uma situação dramática de radicalização de extremismos, é preciso enfrentar também aqui discursos de ódio, o preconceito social e regional, o racismo, o machismo, a homofobia, a xenofobia e todas as demais formas de segregação cultural. Na verdade, banalizamos a violência. São muitos os fantasmas culturais que ainda assombram as nações democráticas. Todos eles estão a nos exigir uma revolução cultural, mudança de comportamento, sensibilidade e visão de mundo.

 

Também queremos uma democracia vigorosa, ampla e profunda no Brasil. Que contemple a igualdade de oportunidades para todos e que seja pautada no mais amplo respeito às diferenças e singularidades. Presentes não apenas na vida material, mas também na experiência sensível.

 

A cultura se afirma como um dos elementos constitutivos da própria democracia. É ela quem qualifica e dá sentido à experiência humana, ao estabelecer os laços da vida social. Somente a cultura pode agregar valor ao desenvolvimento e abrir caminho para a inovação no seio da sociedade. Entendida deste modo, a cultura se coloca na centralidade da agenda pública contemporânea, permeando todos os campos da vida social, todas as áreas do conhecimento, como algo inerente ao próprio ser humano.

Com entusiasmo, recebemos a sinalização da presidenta da República de que a educação é a grande prioridade deste seu novo mandato.

 

Não existe educação democrática e libertadora sem o que a cultura pode oferecer. A produção e fruição cultural se qualificam a partir de práticas educacionais abrangentes e inovadoras.

 

O Brasil já é uma das maiores economias do mundo, nossa magnitude populacional e a gigantesca diversidade da nossa produção cultural e artística são verdadeiros tesouros nacionais. Uma grande nação precisa ter um desenvolvimento cultural à altura de sua grandeza. É a cultura que dá liga à cidadania. É ela que nos torna brasileiros, de norte a sul deste país. A cultura deve ser parte central do país democrático e plural que queremos. A pluralidade é nossa singularidade.

 

É muito bom estar de volta. É muito bom! E é melhor ainda fazê-lo olhando pra frente.O entendimento da cultura como elemento central do desenvolvimento me aproximou do prefeito de São Paulo: Fernando Haddad, não por acaso, ex-ministro da Educação do Brasil.

 

É este entendimento da cultura como elemento central da própria experiência democrática que me traz novamente ao posto de ministro da Cultura do Brasil. A experiência da política é, nas sociedades democráticas, uma disputa de sentido, uma disputa simbólica e de valores. É precisamente através dela que se atribui dimensão ética e estética à vida pública, que se forma uma cultura política. E é por via da cultura política que o exercício da vida pública se qualifica de modo republicano e democrático.

 

Reassumo revigorado. Convencido de que foi o fôlego e a resistência de um projeto coletivo que me trouxeram de volta para levar adiante a política cultural que iniciamos em 2003.

 

As escolhas que o século XXI exige de nós não são as mais fáceis. Nas últimas décadas, devotei minha vida à cultura e ao meio ambiente, tema que me é muito caro. Por isso afirmo, de antemão, que a superação de um modelo de civilização que estabelece relação predatória e insustentável com o planeta exige engajamento de todos nós.

Neste momento da história da humanidade, precisamos, sobretudo no Brasil, de uma mudança de mentalidades e comportamento que a cultura pode promover.

 

Há doze anos iniciamos uma jornada que colocou a cultura no centro do projeto de nação. Que passou a reconhecer a nossa diversidade cultural como elemento estratégico da construção do Brasil no século XXI.

 

As políticas culturais que nasceram com o presidente Lula passaram a ser reconhecidas nacional e internacionalmente pelo seu aspecto inclusivo, libertário e inovador.

 

Reafirmamos nossos compromissos com as três dimensões das políticas culturais: cultura como dimensão simbólica, cultura como direito de todos e a cultura como uma economia importante.

 

Conto com a ajuda dos criadores, de todos os artistas, ativistas e fazedores de cultura para ampliarmos a capacidade de realização do Ministério. Será um grande passo conquistar a aprovação da PEC da Cultura. Além do apoio de nossa presidenta, tenho certeza que a nova equipe econômica, ainda que desafiada a promover um ajuste fiscal em nosso país, será sensível a essa necessidade. Sem orçamento público e gestão qualificada não conseguiremos realizar nossos anseios. Recursos do pré-sal poderão ser, num futuro breve, definidores de um novo momento para as políticas culturais de nosso país. Como disse o rapper Gog: o pré-sal é o nosso pré-sol.

 

Nos últimos dois anos, o Vale Cultura começou a se tornar realidade! Estamos comprometidos com a aceleração de seu processo de implantação, tornando-o um importante instrumento de ampliação do acesso à cultura e de dinamização do mercado cultural interno.

 

O audiovisual brasileiro já tem hoje uma das políticas setoriais mais robustas do mundo. O grande desafio deste novo período que se abre é justamente vencer o gargalo da exibição e da circulação dos conteúdos, garantindo o melhor aproveitamento público do ambiente digital, oferecendo toda a liberdade criativa para as novas mídias, linguagens e estéticas que emergiram nos últimos anos, e que surgirão nos próximos, redefinindo a própria cultura. Neste contexto, a comunicação deve ser entendida como um direito essencial para a realização plena dos direitos culturais.

 

Acredito na complementariedade de papéis e na colaboração institucional entre a Secretaria do Audiovisual e a Agência Nacional do Cinema. O audiovisual que o Brasil financia precisa estar acessível a todos os cidadãos.

 

Reafirmamos o compromisso com o Plano Nacional de Cultura, instrumento central de planejamento de médio e longo prazo das políticas culturais.

 

Reassumindo como ministro da Cultura do Brasil, reafirmo nosso compromisso com dezenas de milhares de artistas, produtores e grupos culturais, que mesmo nos ambientes mais vulneráveis, em meio à pobreza e à violência, têm proporcionado a estas populações, muitas vezes, a única oportunidade de deleite estético e de acesso à cultura.

 

Volto ao MinC com a Lei Cultura Viva vitoriosamente aprovada por força de mobilização da sociedade. Esta lei abre o horizonte para uma maior segurança jurídica no relacionamento entre organizações da sociedade e o Estado, e nos possibilita criar fluxos muitos mais horizontais e transparentes de gestão da política pública em rede.

 

Retomaremos a agenda de modernização da legislação de direito autoral. O ambiente digital se desenvolve e se transforma rapidamente, e nossas leis devem acompanhar as novas práticas sociais que surgiram com as novas tecnologias para termos condições de garantir, de fato, os direitos dos autores no Brasil.

 

Implementaremos a Lei que prevê a supervisão do Estado sobre as atividades de gestão coletiva de direitos autorais. Essa lei foi uma conquista da mobilização de autores e artistas, que entenderam que o Estado pode e deve auxiliar os criadores na garantia de seus direitos.

 

Assim caiu um primeiro mito. O próximo mito a cair será aquele que duvida que a ampliação do acesso aos bens culturais, proporcionada pelo ambiente digital, só poderia se dar causando prejuízos para os criadores.

 

O ambiente digital pode sim ser regulado de forma que os criadores tenham novas formas de remuneração pelo seu trabalho criativo. A modernização da legislação pode beneficiar tanto aos criadores quanto atender às demandas dos cidadãos de acessar e compartilhar cultura e conhecimento, respondendo à tarefa imposta pelo Marco Civil da Internet.

 

Precisamos aprimorar o sistema de financiamento da cultura. Faremos um esforço conjunto com o Congresso Nacional nos próximos meses para aprovação do ProCultura. A cultura brasileira não pode ficar dependente dos departamentos de marketing das grandes corporações. Queremos mais investimento na cultura e esta também deve ser uma das responsabilidades sociais da iniciativa privada. Não tenham dúvidas disso. Mas queremos que essa conta seja paga com responsabilidades partilhadas.

 

Trago da experiência anterior a convicção de que o Brasil precisa de uma vigorosa para as artes, em escala nacional e com efetiva capacidade de penetração em todos os territórios e rincões do país. É por via deste caminho que afirmaremos definitivamente o Brasil como uma potência estética global, surgida do encontro entre todas as humanidades, da orgulhosa mestiçagem das culturas que aqui coexistem e que mutuamente se transformam neste nosso país do remix.

 

Nada, nada deve ficar de fora de nossa atenção: da literatura às artes visuais, às expressões identitárias, aos conhecimentos, à memória; dos valores à economia da cultura; bem como a moda, a arquitetura, a cultura digital, a cultura alimentar, o design.

 

O momento é de construir um pacto que una amplos setores da cultura brasileira, de todas as regiões, articulados em torno de um projeto de desenvolvimento e democratização de todas as artes, tanto no nível da produção, quanto da fruição.

 

Estou a par de muitas das dificuldades enfrentadas pelos servidores, das demandas por melhoria nas condições de trabalho e remuneração. Precisaremos de um esforço de planejamento capaz de dotar o Ministério da Cultura das condições de realização de sua missão institucional, qualificando e modernizando a gestão. Eu acredito em um Estado eficiente e eficaz. Essa será uma luta que teremos que enfrentar juntos.

 

Sempre fui um defensor do diálogo como tecnologia de construção democrática. Da primeira vez que fui ministro, antes da posse, disse que minha marca seria "diálogo, diálogo, diálogo", e foi. Em São Paulo, assim que cheguei para assumir a Secretaria de Cultura do prefeito Fernando Haddad, lançamos um programa chamado ‪#‎ExisteDialogoemSP‬.

 

Diálogo, portanto, é um pressuposto de nossa gestão. E o realizaremos por meio de um amplo programa de participação social. Essa abertura será exercida não apenas por meio de uma reativação vigorosa do Conselho Nacional de Políticas Culturais, do fomento à realização das Conferências de Cultura, pela presença constante no diálogo com o parlamento, mas também lançando mão dos muitos mecanismos contemporâneos de construção e deliberação on-line, com a ativação de um Gabinete Digital cujo intuito será o de dar transparência absoluta a nossos atos e de ser uma interface de cogestão, aberta e colaborativa, com os cidadãos.

 

Isso também nos coloca na dianteira de uma interlocução que queremos estreitar na nova gestão: o nosso diálogo com as redes políticos-culturais e os movimentos de novo tipo que emergiram no país durante os últimos 12 anos. Esses movimentos representam um novo impulso democrático inspirado naquele esforço de participação que realizamos durante nossa gestão anterior. Quero agora poder contar com o apoio e a parceria desse universo renovador na construção de soluções e alternativas para a efetivação de nosso projeto republicano de cultura. Principalmente frente aos desafios próprios das cidades de médio e grande porte do nosso país, onde se concentra a maioria de nossa população, e onde se realizam as principais disputas de modos de vida do Brasil contemporâneo.

 

Reafirmo o lugar do Ministério na interlocução atenta com os demais movimentos sociais, com os camponeses, estudantes, com os que lutam por moradia, saúde, educação, direitos humanos, juventude e na interlocução com os povos indígenas. O Brasil democrático precisa garantir o lugar da nossa população indígena, suas culturas e modo de vida.

 

Também espero construir uma relação virtuosa com os artistas e os criadores culturais. Nada mais equivocado do que acreditar que a ampliação do conceito de cultura reduz o lugar da arte no projeto estratégico que vamos empreender. E isso que vou dizer é o manifesto como entendo isso. A arte é aquilo que nos permite ver além, é o meio pelo qual acessamos a essência e a transcendência do humano.

 

Estou caminhando para o fim dessa fala inaugural, sabendo que ela é só o começo de uma longa jornada.

 

Criar, fazer e definir obras, temas e estilos é papel dos artistas e de quem produz cultura. Escolher o que ver ouvir e sentir é papel do cidadão. Agora, criar condições de acesso, produção, difusão, preservação e livre circulação, regular as economias da cultura para evitar monopólios, exclusões e ações predatórias, democratizar o acesso aos bens e serviços culturais: essa é a responsabilidade do Estado democrático.

 

Volto pedindo licença para andarilhar entre nosso povo, unindo estes esplendorosos Brasis. O Brasil das aldeias indígenas e das lan houses, das orquestras sinfônicas e das folias de reis, dos artesãos e dos hackers, dos mestres da tradição e dos intelectuais; dos cientistas e das tribos urbanas, dos pescadores e dos industriais. O Brasil dos grandes artistas e das pequenas trupes de circo. O Brasil de Jesus e de Oxalá, de Tupã e de Iara, de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, de Yemanjá e d'Oxum, do acarajé e do tucupi, da juventude negra e do baile funk, de Serra Pelada e do Cariri. O Brasil do Xingu e de Vila Mimosa, de Brasília Teimosa e de Xapuri, do Céu do Mapiá, de Aparecida do Norte e do Ilê Axé Opó Afonjá, do futebol de várzea e do carnaval de rua.

 

O MinC volta a ser o espaço da experimentação de novos rumos! O MinC está de volta para o futuro. O lugar da memória e da inovação, das raízes tradicionais e da nova ousadia criativa, da imaginação e da invenção, reconvocadas a colaborar com o Brasil.

 

 
Viva o povo e a cultura brasileira!

 

 

 

Revista Fanzine - Vote no Plebiscito Constituinte

09.2014

Plebiscito Popular para uma Assembleia Constituinte

Participe dessa grande Campanha Nacional por uma Constituinte do Sistema Político Brasileiro

 

O que é um Plebiscito Popular?


Um Plebiscito é uma consulta na qual os cidadão e cidadãs votam para aprovar ou não uma questão. De acordo com as leis brasileiras somente o Congresso Nacional pode convocar um Plebiscito.


Apesar disso, desde o ano 2000, os Movimentos Sociais brasileiros começaram a organizar Plebiscitos Populares sobre temas diversos, em que qualquer pessoa, independente do sexo, da idade ou da religião, pode trabalhar para que ele seja realizado, organizando grupos em seus bairros, escolas, universidades, igrejas, sindicatos, aonde quer que seja, para dialogar com a população sobre um determinado tema e coletar votos.


O Plebiscito Popular permite que milhões de brasileiros expressem a sua vontade política e pressionem os poderes públicos a seguir a vontade da maioria do povo.


O que é uma Constituinte?


É a realização de uma assembleia de deputados eleitos pelo povo para modificar a economia e a política do País e definir as regras, instituições e o funcionamento das instituições de um Estado como o governo, o Congresso e o Judiciário, por exemplo. Suas decisões resultam em uma Constituição. A do Brasil é de 1988.
Porque uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político?


Nos meses de Junho e Julho de 2013 milhões de jovens brasileiros foram às ruas para lutar por melhores condições de vida, inicialmente contra o aumento das tarifas do transporte, mas rapidamente a luta por mais direitos sociais estava presente nas mobilizações, pedia-se mais saúde, mais educação, mais democracia.

 

Nos cartazes, faixas e rostos pintados também diziam que a política atual não representa essa juventude, que quer mudanças profundas na sociedade brasileira.


As mobilizações das ruas obtiveram conquistas em todo o país, principalmente com as revogações dos aumentos das tarifas dos transportes ou até diminuição da tarifa em algumas cidades, o que nos demonstrou que é com luta que a vida muda! Mas a grande maioria das reivindicações não foram atendidas pelos poderes públicos.


Não foram atendidas porque a estrutura do poder político no Brasil e suas “regras de funcionamento” não permitem que se avance para mudanças profundas. Apesar de termos conquistado o voto direto nas eleições, existe uma complexa teia de elementos que são usados nas Campanhas Eleitorais que “ajudam” a garantir a vitória de determinados candidatos.


A cada dois anos assistimos e ficamos enojados com a lógica do nosso sistema político. Vemos, por exemplo, que os candidatos eleitos têm um gasto de Campanha muito maior que os não eleitos, demonstrando um dos fatores do poder econômico nas eleições. Também vemos que o dinheiro usado nas Campanhas tem origem, na sua maior parte, de empresas privadas, que financiam os candidatos para depois obter vantagens nas decisões políticas, ou seja, é uma forma clara e direta de chantagem. Assim, o ditado popular “Quem paga a banda, escolhe a música” se torna a melhor forma de falar do poder econômico nas eleições.


Além disso, ao olharmos para a composição do nosso Congresso Nacional vemos que é um Congresso de deputados e senadores que fazem parte da minoria da População Brasileira. Olhemos mais de perto a sua composição:


- mais de 70% de fazendeiros e empresários (da educação, da saúde, industriais, etc) sendo que maioria da população é composta de trabalhadores e camponeses.


- 9% de Mulheres, sendo que as mulheres são mais da metade da população brasileira.
- 8,5% de Negros, sendo que 51% dos brasileiros se auto-declaram negros.
- Menos de 3% de Jovens, sendo que os Jovens (de 16 a 35 anos) representam 40% do eleitorado do Brasil.


Olhando para esses dados, é praticamente impossível não chegar a conclusão de que “Esse Congresso não nos representa!!!” e que eles não resolverão os problemas que o povo brasileiro, em especial a juventude, levou às ruas em 2013.


E para solucionar todos esses problemas fundamentais da nossa sociedade (educação, saúde, moradia, transporte, terra, trabalho, etc.) chegamos a conclusão de que não basta mudarmos “as pessoas” que estão no Congresso.


Precisamos mudar “as regras do jogo”, mudar o Sistema Político Brasileiro. E isso só será possível se a voz dos milhões que foram as ruas em 2013 for ouvida. Como não esperamos que esse Congresso “abra seus ouvidos” partimos para a ação, organizando um Plebiscito Popular que luta por uma Assembléia Constituinte, que será exclusivamente eleita e terá poder soberano para mudar o Sistema Político Brasileiro, pois somente através dessa mudança será possível alcançarmos a resolução de tantos outros problemas que afligem nosso povo.

 

Você é a favor de uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político?

 

Participe com sua opnião: Vote!

 

 

 

 

Revista Fanzine - Eduardo Campos

08.2014

Eduardo Campos
morre em queda de avião em Santos

Jato em que estava o presidenciável do PSB caiu em aérea residencial no litoral 

 

O candidato a presidente do PSB, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morreu na manhã desta quarta-feira (13) após a queda do jato particular em que viajava em um bairro residencial em Santos, no litoral paulista.

 

"Estamos muito chocados com tudo", afirmou o deputado federal Marcio França (PSB), presidente do diretório estadual do partido em São Paulo.

França afirmou que Campos estava acompanhado de integrantes da equipe da campanha, como jornalistas e fotógrafo. Ele relatou que a mulher de Campos e o filho não estavam no jato - eles voltaram para Pernambuco em um avião de carreira.

 

No Congresso, parlamentares falaram sobre o episódio. O deputado federal Júlio Delgado (PSB-MG) disse que foi informado da queda da aeronave pelo deputado Márcio França (PSB). "Estou atordoado. Parece que perdemos o Eduardo, uma liderança da nossa geração", declarou Delgado antes de saber da confirmação da morte.

 

A Aeronáutica divulgou nota informando sobre a queda do avião que saiu do aeroporto Santos Dumont, do Rio de Janeiro, com destino ao aeroporto do Guarujá, cidade vizinha de Santos.

 

Leia a íntegra da nota:

 

O Comando da Aeronáutica informa que nesta quarta-feira (13/08), por volta das 10h, uma aeronave Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, caiu na cidade de Santos, no litoral de São Paulo.

 

A aeronave decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao aeroporto de Guarujá (SP). Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com a aeronave.

 

A Aeronáutica já iniciou as investigações para apurar os fatores que possam ter contribuído para o acidente.

 

Brasília, 13 de agosto de 2014.

Brigadeiro do Ar Pedro Luís Farcic
Chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica

Revista Fanzine - Eleições 2014

07.2014

Eleições 2014

O 1º turno das eleições irá ocorrer no dia 5 de outubro e o 2º turno

no dia 26 de outubro de 2014

 

O pleito vai eleger o presidente e vice-presidente da República, deputados federais, senadores, governadores e vice-governadores, deputados estaduais; o governador e vice-governador do Distrito Federal e os deputados do Distrito Federal.

 

Cargos Disputados:

 

Presidente da República

 

O cargo de Presidente da República é atribuído ao candidato que ganhar as eleições por maioria absoluta, o que equivale a mais de 50% dos votos válidos, excluídos os votos em branco e os nulos. Caso nenhum candidato consiga maioria absoluta, realiza-se o segundo turno.

 

O Presidente da República exerce as funções de Chefe de Estado e Chefe de Governo, e é a autoridade máxima do Brasil. Sua residência oficial fica situada em Brasília, no Distrito Federal e tem como salário bruto (atualizado em 2012) fixado em R$ 26.723,00, que com os descontos passa para R$ 19.818,00.

 

Governador

 

É o representante máximo do poder executivo de um Estado e exerce a direção superior da administração. Cada Estado brasileiro irá eleger um governador, que terá um mandato de quatro anos. Seu salário depende do Estado que comanda, e pode variar de R$ 9,6 a R$ 26,7 mil reais.

 

Senador

 

É eleito com mais dois suplentes, que podem o substitui na ordem de registro, para integrar o Senado Federal, que juntamente com a Câmara dos Deputados, forma o Congresso Nacional. A cada quatro anos são eleitos, alternativamente, um ou dois senadores por Estado com mais dois suplentes, com mandato de oito anos. O Senador tem funções legislativas, fiscalizadoras, autorizativas, julgadora e aprovadora de autoridades.O salário do Senador desde o dia 01/02/2011 é de R$ 26.723,13.

 

Deputado Federal

 

O Deputado Federal representa o por legislativo e faz parte da Câmara dos Deputados. É o representante nacional popular, eleito por voto direito. Tem como principais funções as de legislar e fiscalizar os gastos públicos na esfera nacional. O mandato do Deputado Federal é de quatro anos e tem como remuneração mensal o valor de R$ 26.723,13.

 

Deputado Estadual

 

O Deputado Estadual ou Distrital é eleito pelo sistema proporcional para integrar a Assembleia Legislativa Estadual, o principal órgão do Poder Legislativo em cada Estado. As funções dos Deputados Estaduais equivalem as dos Federais, mas com aplicação no Estado. O número de deputados estaduais corresponde ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados. Seu salário só pode ser fixado no máximo em 75% do estabelecido para os Deputados Federais.

 

Revista Fanzine - Marco Civil da Internet

07.2014

Marco Civil da Internet entrou em vigor
no Brasil

Lei determina direitos e deveres do internauta e empresas

 

Já está valendo o Marco Civil da Internet brasileira, que entrou em vigor nesta segunda-feira (23) pela Lei 12.965/14. A aprovação da presidente Dilma Rousseff aconteceu no dia 23 de abril e a partir de agora determina os direitos e deveres dos internautas e demais companhias que atuam no meio digital. O texto demorou três anos para ficar pronto, com várias mudanças até ser votado. Quesitos importantes quanto à liberdade de expressão e privacidade estão na pauta, definindo como acessamos a internet e demais responsabilidades do internauta.

Vale ressaltar os esforços para a neutralidade da rede do Marco Civil, embora a interpretação do texto ainda seja polêmica em alguns assuntos. Um deles refere-se ao tráfego, passível de lentidão em situações singulares, como "priorização a serviços de emergência", que ocorre quando uma página fica mais lenta por conta do número de acessos, e requisitos técnicos para o fornecimento dos serviços e aplicações. Outras questões referentes à neutralidade devem passar por consulta junto ao Comitê Gestor da Internet (CGI) ou a Anatel.

Revista Fanzine - Marco Civil da Internet

05.2014

Marco Civil da Internet
começa a valer em junho

Nova Lei dá direitos, deveres e garantias para usuários e empresas

 

Sancionado simbolicamente pela presidente Dilma Roussef, na abertura do evento NetMundial, em São Paulo, o texto do Marco Civil foi já publicado no Diário Oficial da União e entra em vigor em 60 dias, no fim de junho.

 

O documento, que tramitou por anos na Câmara, cria uma espécie de Constituição para o uso da internet no país, com direitos, deveres e garantias para usuários e empresas. "O Marco é uma experiência inovadora que ecoou das vozes das ruas, das redes e de diferentes instituições", disse Dilma.

 

Abaixo você confere o que muda com a aprovação do Marco Civil da Internet.DIREITOSO Marco Civil considera a internet uma ferramenta fundamental para a liberdade de expressão e diz que ela deve ajudar o brasileiro a se comunicar e se manifestar como bem entender, nos termos da Constituição.

 

O texto chega a apontar que "o acesso à internet é essencial ao exercício da cidadania". O internauta tem garantia de que sua vida privada não será violada, a qualidade da conexão estará em linha com o contratado e que seus dados só serão repassados a terceiros se ele aceitar - ou em casos judiciais, chegaremos a este tópico.

 

NEUTRALIDADE

 

Um dos pontos essenciais do Marco Civil é o estabelecimento da neutralidade da rede. Preparamos um texto só para explicar o que significa o termo e você pode conferi-lo aqui. Em linhas gerais, quer dizer que as operadoras estão proibidas de vender pacotes de internet pelo tipo de uso.

 

O governo até pode fazer essa discriminação, mas só em duas situações: se ela for indispensável para a prestação dos serviços; ou se serviços de emergência precisarem ser priorizados. Mesmo assim, o presidente que estiver no comando não tem como simplesmente mandar tirar internet de um lugar e botar no outro. Ele precisará consultar o Comitê Gestor da Internet e a Agência Nacional de Telecomunicações.

 

GUARDA DE INFORMAÇÕES

 

Os provedores de internet e de serviços só serão obrigados a fornecer informações dos usuários se receberem ordem judicial. No caso dos registros de conexão, os dados precisam ser mantidos pelo menos por um ano, já os registros de acesso a aplicações têm um prazo menor: seis meses.

 

Qualquer empresa que opere no Brasil, mesmo sendo estrangeira, precisa respeitar a legislação do país e entregar informações requeridas pela Justiça. Caso contrário, enfrentará sanções entre advertência, multa de até 10% de seu faturamento, suspensão das atividades ou proibição de atuação.Foi derrubada a obrigatoriedade de empresas operarem com data centers no Brasil ainda na Câmara.

 

RESPONSABILIZAÇÃO PELO CONTEÚDO

 

A empresa que fornece conexão nunca poderá ser responsabilizada pelo conteúdo postado por seus clientes. Já quem oferece serviços como redes sociais, blogs, vídeos etc. corre o risco de ser culpado, caso não tire o material do ar depois de avisado judicialmente. Por exemplo: se a Justiça mandar o Google tirar um vídeo racista do YouTube e isso não for feito, o Google se torna responsável por aquele material.Haverá um prazo para que o conteúdo considerado ofensivo saia de circulação, mas o juiz que cuidar do caso pode antecipar isso se houver “prova inequívoca”, levando em conta a repercussão e os danos que o material estiver causando à pessoa prejudicada.

 

OBRIGAÇÕES DO GOVERNO

 

Administrações federal, estaduais e municipais terão uma série de determinações a cumprir, caso o Marco Civil se torne realidade. Entre eles estabelecer “mecanismos de governança multiparticipativa, transparente, colaborativa e democrática, com a participação do governo, do setor empresarial, da sociedade civil e da comunidade acadêmica”.

 

Os governos serão obrigados a estimular a expansão e o uso da rede, ensinando as pessoas a mexer com a tecnologia para “reduzir as desigualdades” e “fomentar a produção e circulação de conteúdo nacional”.

 

Os serviços de governo eletrônico precisarão ser integrados para agilizar processos, inclusive com setores da sociedade, e a internet ainda será usada para “publicidade e disseminação de dados e informações públicos, de forma aberta e estruturada”.

 

Por fim, há ainda a preferência por tecnologias, padrões e formatos abertos e livres, e a de se estimular a implantação de centros de armazenamento, gerenciamento e disseminação de dados no Brasil, “promovendo a qualidade técnica, a inovação e a difusão das aplicações de internet, sem prejuízo à abertura, à neutralidade e à natureza participativa”.

Revista Fanzine - 50 anos do Golpe Militar

04.2014

O Golpe de 1º de Abril,
Direitos Humanos e Anistia

Vem de longe a luta do povo brasileiro para que haja pleno respeito

aos direitos humanos

 

Agora, é a luta pelos direitos dos sem terra e dos sem teto; a luta pela integração na vida econômica, cultural e política de todos os excluídos; e, a mais porfiosa, a luta pela preservação do planeta terra. Em resumo, todas as lutas de nosso povo tem sido pela democracia pois, somente em uma democracia poderá o ser humano ter os seus direitos respeitados e desenvolver-se na sua plenitude.

 

Nessa trajetória muito sangue, suor e lágrimas foram derramados. E entre aqueles que a perfilaram há os que galgaram postos de responsabilidade seja na sociedade civil ou nos executivos e legislativos de governos em todos os níveis. Há os que desistiram no caminho e os que tombaram e os que ainda hoje sofrem seqüelas dos maus tratos sofridos. Todos protagonistas de um capitulo da história pátria que ainda não terminou de ser escrito. Hoje a sociedade se dá conta de que as décadas dos anos 1950/60 foram talvez as de maior criatividade na cultura brasileira. Recriou-se nossa música, nasceu nosso teatro, desenvolveram-se nossas universidades, construiu-se Brasília, entre outras coisas de igual importância, como Volta Redonda, Vale do Rio Doce, Petrobrás, Eletrobrás, Nucleobrás, os alicerces necessários para a construção da modernidade.

 

 

No âmbito político-social viveu-se pela primeira vez em nossa história uma plenitude democrática. Nosso povo estava decidido a ocupar o espaço que lhe é de direito. Intelectuais de todas as tendências estavam envolvidos com as Reformas de Base com vistas a dar uma nova cara ao País.

 

Camponeses, então o estamento mais marginalizado da sociedade, se organizaram em ligas e sindicatos e em 1961, no Primeiro Congresso Brasileiro de Trabalhadores Agrícolas criaram a maior e até hoje mais poderosa organização social do nosso povo – a Confederação Nacional dos Trabalhadores Agrícolas. Os trabalhadores urbanos se fortaleceram em suas bases sindicais dando um enorme poder político e de barganha à Central Geral dos Trabalhadores, nascida de um Pacto de Unidade Sindical e no respeito ao princípio da unicidade. Nas escolas e nas universidades os estudantes se organizaram, não só para aprender a fazer política, mas, principalmente para aprender a conhecer o povo e a terra do País em que nasceram, seja através da participação na tarefa de alfabetização, seja através do teatro popular e outras manifestações promovidas pelos Centros Populares de Cultura, os CPCs da UNE.

 

 

Em 1964, as elites, encurraladas pela ascensão das forças populares, com apoio ostensivo do governo dos Estados Unidos e de grandes conglomerados empresariais transnacionais, conseguem mobilizar parte de oficiais das Forçar Armadas e articular o golpe de estado que, a 1º de abril, derrubou um governo democrático e popular legitimamente constituído, para dar início a uma das páginas mais negras de nossa história.

 

O golpe de 1º de abril e os subsequentes, como o do AI-5 em 1968 “jogou o país inteiro na clandestinidade”. Fecharam o Congresso, extinguiram os 14 partidos políticos, cassaram e caçaram as lideranças políticas, sindicais e estudantis; foi decretar a ilegalidade dos sindicatos e da CGT; queimaram a sede da UNE. As universidades foram manietadas: 600 entre os melhores professores, catedráticos e pesquisadores foram demitidos e perseguidos; dois mil alunos foram expulsos e impedidos de ingressar em qualquer outra escola superior do País. Para assegurar a hegemonia dos golpistas, foi preciso demitir e perseguir mais de 10 mil oficiais, suboficiais, sargentos, cabos e praças das Forças Armadas, sem direito a defesa e sem direito de ingressar no mercado de trabalho.

 

Decreto do general Castelo Branco proibia empresas públicas ou privadas de contratar “punidos” pela repressão. Entre os civis outros tantos foram punidos porque cumpriam com a obrigação de servir a um governo constitucional ou simplesmente por defenderem a democracia. Não havendo cárceres suficientes para tanta gente usaram os porões de navios de nossa Marinha. Pode-se comprovar na época a presença de 12 mil presos políticos e o assassinato de centenas de jovens. Cerca de 15 mil patriotas brasileiros tiveram de asilar-se ou refugiar-se em outros países para preservar a vida.

 

Com o objetivo de impor o recesso na criatividade brasileira foi instituída a censura não só sobre os meios de comunicação mas sobre toda a atividade intelectual. Mais de 100 obras de teatro e cerca de 30 filmes foram interditados e proibidos. Proibiram-se mais de 70 canções!

 

Não tardou para que nosso povo, já refeito do susto, voltasse às ruas para lutar pela redemocratização. Vimos então as grandes manifestações populares que, em 1966, 67 e principalmente 1968, transbordaram as ruas de todas as capitais, principalmente no Rio e em São Paulo. A resposta dos golpistas foi de uma violência como nunca se tinha imaginado no nosso continente. Puseram os tanques contra as passeatas. A cavalaria entrou nas Igrejas para espancar os que rezavam pela democracia. Institucionalizou-se o terrorismo. Mesmo assim, nosso povo não se entregou. Continuou lutando como pode.

 

Temos nossa galeria de heróis, daqueles combatentes que como último recurso pegaram em armas contra a ditadura. Temos centenas de jovens que foram barbaramente torturados e que sofrem até hoje as conseqüências físicas e psíquicas da tortura. Esse povo lutou contra a carestia. Lutou pela abertura. Lutou pela anistia. Lutou pelas diretas já. Chorou a morte de um presidente que significou a esperança do retorno à democracia. Lutou pela Constituinte e pelo impeachment. A luta pela anistia se transformou num movimento que empolgou grande parte da nação brasileira a tal ponto de tornar-se irresistível. Esse povo queria de volta seus filhos injustamente perseguidos, queria reparação das injustiças cometidas.

 

A Anistia de 1979 foi uma conquista do movimento popular; como o é também a Constituição de 1988 e a Lei de Anistia de 1998. Passados mais de 30 anos da primeira anistia, algo se avançou pois superam os 20 mil os cidadãos anistiados, mas, outro tanto ainda aguarda o cumprimento do direito de ser anistiado. E há também ainda cidadãos que desconhecem que têm direito à anistia. Ao mesmo tempo que vemos com satisfação a disposição com que a Comissão de Anistia inicia novo período de trabalho, preocupa ver a reação de minorias que não compreenderam o sentido da Anistia.

 

É preciso que as novas gerações conheçam a história e seus protagonistas, aqueles a quem estender a solidariedade. É esse o sentido que vemos nos trabalhos das Comissões da Verdade, instaladas nos âmbitos nacional, estadual, municipal e até de organizações, como a da Federação Nacional dos Jornalistas e seus sindicatos.

 

É esse o sentido que vemos na sentença do STJ que mandou abrir os arquivos da ditadura e saudamos as iniciativas do Arquivo Nacional e da própria Comissão de Anistia, preocupados com preservar a memória daqueles que lutaram para que estejamos construindo a democracia. A pátria continua ameaçada seja pela continuidade de um modelo econômico predatório seja pela voracidade dos países imperiais sedentos de nossas riquezas. Para defender essas riquezas, para defender a Amazônia cobiçada, para construir um novo modelo de desenvolvimento, os militares de hoje terão que estar ao lado da população. Do povo. Não há outra maneira.

 

Paulo Cannabrava Filho é Jornalista e editor de Diálogos do Sul

Revista Fanzine - Marco Civil da Internet

03.2014

Marco Civil da Internet
contribuirá para melhor uso da rede

Especialista em marketing digital aponta os benefícios da nova legislação

 

Os brasileiros estão às vésperas de contar com o Marco Civil da Internet. Aprovado na Câmara dos Deputados, o projeto precisa ainda passar pelo Senado e pela sanção da presidente da República. Com isso teremos à disposição um tipo de “Constituição” da internet que irá determinar os direitos, deveres e garantias de cada um dos usuários, e também das empresas de comunicação, páginas da internet e do governo.

 

Para o especialista em marketing digital Gabriel Rossi, a aprovação do Marco Civil da Internet é positiva: “O projeto é bom, acho que está entre as legislações mais avançadas do mundo no tocante à garantia da liberdade na rede”, afirma.

 

Gabriel Rossi avalia que, com a aprovação do Marco Civil, uma série de questões referentes ao uso “inadequado” da internet, hoje objeto de discussão e mesmo de ações judiciais serão resolvidas mais facilmente. “Primeiro que, com regras claras, o tratamento dado à internet irá mudar. Internet não é jornal, revista, televisão, embora às vezes se comporte como um desses veículos. Então o seu diferencial tem que ser levado em conta. Penso que, com o Marco Civil, decisões judiciais – como determinar que uma rede social passasse a monitorar certo usuário; ou decidir que o Comitê Gestor da Internet tire sites do ar, como se o Comitê respondesse pelo que sites exibem – poderão ser evitadas”, diz ele.

 

A neutralidade da rede é um grande destaque na nova legislação, segundo o especialista em marketing digital. As operadoras deverão dar tratamento igual aos dados que circulam na sua rede, “o que significa o fim de acordos de teles com grandes provedores de conteúdo, beneficiando esse ou aquele parceiro”, afirma Rossi.

Revista Fanzine - Marco Civil da Internet

03.2014

Marco Civil na Internet

Nenhum direito a menos! Liberdade, Neutralidade e Privacidade!

 

A Internet está ameaçada. Vivemos o confronto entre os que a concebem apenas como um lucrativo modelo de negócios e aqueles que a defendem como uma rede preciosa à criação colaborativa, à liberdade de expressão, à mobilização social e ao fortalecimento de diversos direitos fundamentais como a comunicação, a cultura e o acesso à informação.

 

O Marco Civil da Internet é elemento crucial nessa defesa.Após pedido do governo para tentar construir a maioria necessária à aprovação do Marco Civil da Internet, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), decidiu transferir para a próxima semana a votação do projeto.

 

O Marco Civil da Internet tramita em regime de urgência a pedido do próprio governo. Por falta de consenso, não foi votado no ano passado, trancando a pauta da Câmara desde outubro.

 

Na terça-feira (11 de março), havia previsão de que os deputados debatessem o mérito do texto apresentado pelo relator Alessandro Molon (PT-RJ), mas, diante da crise entre a bancada do PMDB na Câmara e o Palácio do Planalto, que acabou resultando na aprovação de uma comissão externa para investigar denúncias de pagamento de propina a funcionários da Petrobras, o governo decidiu recuar e o texto não foi debatido.

 

O principal entrave é com o líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), que já disse várias vezes que a orientação da bancada é votar contra o projeto. Cunha, que também apresentou um texto alternativo para a proposta, critica o ponto que define a neutralidade de rede, princípio pelo qual não deve haver discriminação no tráfego de dados de usuários e provedores.

 

O governo defende o princípio. Molon disse que a proposta foi construída em conjunto com a sociedade civil e que a neutralidade pretende impedir que haja prioridade para tráfego de dados de empresas ligadas aos provedores de conteúdo ou de conexão em detrimento de concorrentes."Esse não é um projeto de governo, é um projeto de país. É um projeto que foi feito pela sociedade civil brasileira. Eles pedem uma internet para todos, que não retome a exclusão digital, que não crie uma internet para ricos e outra para pobres", disse Molon.

 

Para o deputado, caso a neutralidade de rede não seja aprovada, o acesso à internet vai acabar ficando similar ao dos planos de TV por assinatura. "Esse princípio é similar ao da TV a cabo, em que os planos com todos os canais só podem ser pagos por poucas pessoas, e isso vai criar uma exclusão digital para mais de 100 milhões de brasileiros", argumentou Molon.

Revista Fanzine - Fórum Mundial de Direitos Humanos

02.2014

Marrocos vai sediar Fórum Mundial de Direitos Humanos em 2014

"Viva os direitos humanos e a amizade entre os países", disse representante marroquino

 

Marrocos será o país a sediar o 2º Fórum Mundial dos Direitos Humanos em dezembro de 2014.

 

O 3º Fórum, em 2015, será na Argentina. O representante do Marrocos, Ahmed Harzenni, agradeceu o governo brasileiro e parabenizou os participantes.

 

Em português, o marroquino disse: "Viva os direitos humanos e a amizade entre os países".A criação do Sistema de Nacional de Combate à Tortura e a convocação da 1ª Conferência Nacional de Direitos Humanos em 2015 foram citados como os principais resultados do Fórum Mundial de Direitos Humanos (FMDH) pela ministra da secretaria dos Direitos Humanos, Maria do Rosário.

 

De acordo com ela a ampla participação da sociedade civil, de instituições de defesa do direitos humanos e do governo foi outro marco do encontro.Ao longo da semana do Forum em Brasília, realizado em dezembro do ano passado, foram debatidas diversas questões relacionadas aos direitos humanos - como combate à tortura, direito de minorias, violência policial, redução da maioridade penal, direito dos povos indígenas,violência sexual, segurança na internet e reforma do Estado.

Revista Fanzine - Fórum Mundial de Direitos Humanos

11.2013

Fórum Mundial de Direitos Humanos
acontece em dezembro

Brasília sediará o evento, que acontece entre os dias 10 e 13 de dezembro, Centro Internacional de Convenções do Brasil

 

O FÓRUM MUNDIAL DE DIREITOS HUMANOS – FMDH acontecerá em Brasília, no período de 10 a 13 de dezembro de 2013. O FMDH é uma iniciativa da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República – SDH/PR, com o objetivo de promover um espaço de debate público sobre Direitos Humanos, no qual serão tratados seus principais avanços e desafios com foco no respeito às diferenças, na participação social, na redução das desigualdades e no enfrentamento a todas as violações de direitos humanos.


Mais de 3 mil pessoas já se inscreveram para participar do Fórum. O balanço foi apresentado no dia 06 de novembro pela secretária-executiva da Secretaria de Direitos Humanos (SDH/PR), Patrícia Barcelos, durante a 5ª reunião do Comitê Organizador do FMDH.

“A 30 dias do evento, temos 3.314 inscritos. Provavelmente nossa meta de atingir 5 mil participantes será alcançada. Nessa reta final é importante trabalhar ainda mais na mobilização de novos participantes”, ressaltou a secretaria executiva.

O Distrito Federal lidera a lista de inscritos com 800 pessoas cadastradas. Em relação à mobilização internacional, Patrícia Barcelos destacou que os países já estão cadastrando suas delegações como, por exemplo, a Colômbia.


Na reunião, os integrantes do Comitê Organizador discutiram também a lista dos palestrantes que vão participar das mesas de debate. Até o momento, 21 nomes foram confirmados, sendo 12 estrangeiros e 9 brasileiros. “São nomes importantes que vão contribuir para o nosso debate de Direitos Humanos”, afirmou Barcelos.

O Comitê Organizador conta com 656 entidades inscritas e, deste total, 25 são internacionais.

Entre os participantes estão: Organizações da sociedade civil organizada; Sociedade civil; Organizações internacionais; Governos federal, estaduais e municipais; Poder Judiciário; Poder Legislativo e Instituições de ensino, pesquisa e afins.


SERVIÇO

Data: 10 a 13 de dezembro de 2013.

Local: Centro Internacional de Convenções do Brasil – CICB

 

Endereço: Setor de Clubes Esportivos SulTrecho 02 Conj. 63, Lote 50Brasília/DF, 702000-002Telefone +55 61 3223-1268

 

Informações gerais www.fmdh.sdh.gov.br/

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