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CRÔNICAS

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Revista Fanzine - A Caminho de Emaús

07.2015

Saudade Esperança e Fé
Crônica sobre a origem do  vocábulo saudade de João Baptista Pimentel Jr.

 

"O Rio, como prova de amizade, de presente lhe manda sua jóia mais rara, a palavra saudade."
 

A saudade nasceu no Brasil. Em nenhum outro idioma existe essa palavra ou  a equivalente, Saudade não se define se sente!

 

Alguns filósofos pretendem que esse vocábulo tenha originado do banzo, um mal consistente numa melancolia tão grande sofrida pelos negros escravos, nos navios negreiros, que não resistiam e sucumbiam.

 

Ainda, dúvidas pairam quanto a sua origem. Todavia existe uma certeza: a saudade é Brasileira.

 

O Cancioneiro nordestino diz que se a gente vive a sonhar com alguém que se deseja rever, saudade assim é ruim, e eu digo isso por mim que vivo sempre a sofrer, e "é amarga que nem jiló".

 

Mas a saudade pode ser boa, e doce como o mel, quando recordamos momentos felizes, revivendo horas venturosas, sentindo as mesmas emoções., o amor e alegria. E a vida sem emoções não tem conteúdo, é como a flor sem perfume. É o vazi, o nada.

 

Poder-se-ia dizer como o poeta românticofrancês: Hó relógio, parai nas horas venturosas. Todavia, o tempo não para, é inexorável. Tudo esta escrito nas estrelas, nascemos vivemos e morremos, deixando somente saudade.

 

Por outro lado se saudade é passado, a esperança é o futuro. A esperança é a eterna espera de um porvir mais feliz e sempre a última a morrer. A fé é a certeza que tudo terá seu rumo certo, porque há Alguém, Onisciente e Onipresente nos guiando. " O Senhor é meu pastor, nada me faltará".

 

Na verdade, é impossível definir, com exatidão, os sentimentos que habitam os corações humanos, como a saudade, a esperança e a fé. Porque cada um de nós temos a nossa realidade. Real é tudo que passa dentro de nós.

 

Mas esta é a grande verdade, ninguém vive sem estes sentimentos:

 

Saudade é reviver, Esperança é esperar. Fé é a certeza!

 

 

João Baptista Pimentel Jr.

Advogado e Escritor

 

 

Revista Fanzine - A Caminho de Emaús

022015

A Capital da Alegria
Rio Claro - Carnavais passsados por João Baptista Pimentel Jr.

 

"Trabalho como um louco, 
Mas ganho muito pouco,
Por isso, eu vivo sempre atrapalhado.
Fazendo faxina, comendo no China.
Está faltando um zero no meu ordenado."

 

Este música carnavalesca cantada por Francisco Alves, o Rei da Voz, na década de 40, retrata bem a vida do brasileiro, e que nada mudou. Tudo continua o mesmo, a não ser o carnaval.

 

Ainda que faltando um zero no ordenado, naquela época o Carnaval era mais autêntico. Verdeira festa popular, com efetiva participação do povo. Havia, até certo romantismo no ar.

 

Por quê  a música cantada por Beth Carvalho: "depois que o visual virou quesito...", tudo mudou, "e o samba que nasceu menino pobre, hoje se veste de nobre." A preocupação do carnavalesco é a de não perder pontos, no desfile da avenida.

 

Lembro-me então, da minha adolescência e juventude. O corso da avenida um... Os carnavalescos, desfilando em veículos abertos, os carros alegóricos do Ginástico, Grêmio Recreativo e Cidade Nova. Os blocos e o povo em geral, sambando, com ou sem fantasia. Batalhas de confetes e serpentinas. 

 

As escolas de Tamoio e Voz do Morro davam um show de samba no pé, não se preocupavam com luxuosas fantasias ou quesitos, a finalidade era extravasar seus sentimentos, jogar fora as frustrações e tristezas do ano que passou. Com a certeza de que, para cada quarta-feira de cinzas, sempre haverá quatro dias de Carnaval.

 

Era uma verdadeira higiene mental!

 

"Chiquita Bacana lá da Martinica. Se veste com uma casca de banana nanica."

 

Os foliões cantavam músicas compostas exclusivamente, para aquele ano e , é claro, as antigas, que se tornavam clássicas carnavalescas. Não se concebe um carnaval sem, o Pirolito, Mamãe eu Quero, As Pastorinhas, A Jardineira e muitas outras, que me escapam da memória.

 

Hoje, os compositores, com raríssimas exceções, não mais compõem músicas para carnaval, preocupam-se com os sambas-enredos das escolas de samba, nem sempre de qualidade, e, logo são esquecidos. As marchinhas vão sendo desprestigiadas, porque, segundo os críticos, uma escola de samba que se preze não pode desfilar em ritmo de marcha, perde pontos.

 

"Sinto uma dor no meu peito, só você poderia dar um jeito, Enlouqueci desde que te vi." Recordo-me dos carnavais de salão do Grupo Ginástico Rio-Clarense.

 

"É com esse que eu vou sambar até cair no chão..."  No carnaval de 1950, no baile do Ginástico, iniciei o namoro, com essa que é minha esposa, Maria Rachel.

 

"Confete, pedacinho colorido de saudade..." Eufemismo talvez, mas sempre nos parece que o passado foi melhor que o presente. E que o tempo não perdoa. Os anos vão passando, os castelos vão desmoronando, somente ficando as doces recordações. A tendência do  homem é de esquecer o que foi ruim e procurar lembrar somente aquilo que foi bom.

 

Porém, a bem da verdade, os carnavais rio-clarenses de rua do passado, são como a autêntica"goiabada cascão em caixa, é coisa fina, sinhá, que ninguém mais acha".

 

Louvem-se os esforços da Banda da Esquina do Veneno que está procurando resgatar o carnaval da zona central da cidade, ao estilo antigo.

 

 

 

João Baptista Pimentel Jr.

Advogado e Escritor

 

 

Revista Fanzine - A Caminho de Emaús

012015

A Caminho de Emaús
O advogado e escritor João Baptista Pimentel Jr. escreveu sobre o Cristo Vivo!

 

Estranharam aquela presença. Quem seria aquele caminhante que, subitamente juntara-se a eles?

 

Tinha medo. Os dois discípulos de Jesus atemorizavam-se, em princípio, à simples presença do peregrino. Poderia ser um espião dos judeus. Esperavam que algo miraculoso iria acontecer. Mas tinham medo natural inerente ao ser humano.

Eles acreditavam ser Cristo o novo Moisés, que a tradição hebraica noticiava ter sido o libertador de seu povo do jugo egípcio. Moisés comandou a retirada dos hebreus do Egito, onde viviam em condições de escravos, infringindo, com a ajuda de Deus, fragorosa derrota aos exércitos do Faraó.

 

Criam os apóstolos que a missão do Mestre, aqui na vida terrena, seria a de libertar Israel do poder de César, como ocorrera em relação aos egípcios. Entretanto, nada disso aconteceu, e Jesus houvera sido crucificado. Corria a notícia de que o Mestre ressuscitara, porém não o tinham visto.

 

Mas, inopinadamente, seus corações se abrasavam, com a presença daquele estranho viajante.  Algo de inexplicável, pelo raciocínio humano, ocorria. Sentiram, então, alguma coisa indefinível, enquanto o estranho viajante lhes falava, a caminho de Emaús, sobre as sagradas escrituras.

 

O peregrino era Jesus vivo. Todavia, eles não  o estavam reconhecendo. Dizia-lhes o viajante que não seria, pela espada ou destruição, a esperada libertação de seu povo, mas pelo amor e pelo perdão. O Deus verdadeiro não é o da vingança e da ira. Como bom Pai, repreende seus filhos, mas com moderação, para corrigi-los.

 

Explicou-lhes, então a nova lei. Ao invés da vingança, o perdão. Ao invés do ódio, o amor. E devemos amar até nossos inimigos.

 

Chegaram ao destino, ao anoitecer. Convidaram-no a com eles permanecer. Já instalados, sentaram-se à mesa. Jesus partiu o pão e os serviu. Naquele instante, o reconheceram, mas subitamente, não mais o viram.

 

Todavia, continuaram o sentido no âmago de suas almas. Compreenderam, então, porque seus corações se aqueciam no peito, enquanto Ele falava.

 

Sobreveio a certeza de que, novamente, eles o veriam. Foram depois, levar a notícia aos companheiros. As escrituras cumpriram-se. Cristo estava vivo!

 

 

 

João Baptista Pimentel Jr.

Advogado e Escritor

 

 

Revista Fanzine - O Poder da Mídia

10.2014

O Poder da Mídia
O advogado e escritor João Baptista Pimentel Jr. escreveu sobre o poder midiático

 

"A sociedade é, sob qualquer condição, uma dádiva; o governo, inclusive na sua melhor forma, nada mais é que um mal necessário, e na sua pior forma insuportável". Thomaz Paine.

 

Um dos princípios do neo-liberalismo de que um governo, por melhor que seja o regime, é um mal necessário, não é exclusividade dessa corrente filosófica. 

 

Dissera um filósofo, ainda mais radical, que o governo é  o supérfluo de uma nação, Paine disse que, a sociedade é sempre uma dádiva, e o governo, em sua pior forma, é insuportável. Contudo, digo que a própria sociedade, em sua pior forma, também o é. O governo central resulta da escalada ao poder de uma elite privilegiada, em qualquer lugar do universo, qualquer que sejam os regimes. Essa elite é o produto da cristalização de um grupo social que domina a economia do país. Em suma, o poder central governamental é uma instituição econômica criada pela própria sociedade. 

 

Pretender. como querem os liberais, que os políticos, empresários e cientistas sejam os principais tomadores de decisões é tanta utopia.. como o foi a República imaginada por Aristóteles.

 

Houve, uma época, em alguns países europeus, quando os ditadores escolhiam os membros dos seus governos dentre as pessoas do mais alto gabarito e saber incomum. Foi o período histórico dos "Déspotas Esclarecidos". Em Portugal, o déspota Marquês de Pombal, reuniu um grupo da mais alta intelectualidade para governar. O resultado foi dos mais auspiciosos para aquele país irmão. O governo pombalino, embora usado a força para sua manutenção, foi um dos melhores de toda a história portuguesa.

 

O nosso país, após o período da ditadura militar, hoje vive sob o poder da grande mídia, que vem ditando as principais decisões, manobrada pelo capital nacional e internacional que, realmente, governa a nação, criando idéia de um mundo fantasioso e irreal.

 

Destacando-se a Rede Globo de Televisão! Sua força de persuasão e sugestão é tão grande que pode eleger ou destruir a carreira política de qualquer cidadão (e de artistas). Sem seu apoio o presidente da república não seria reeleito. Se ao invés da Marta fosse candidata, ao governo de São Paulo, a Xuxa, esta última ganharia a eleição. A Globo conseguiu a façanha de torná-la uma artista!

 

O "Jornal Nacional" dessa emissora, campeão de audiência, tornou-se o departamento de imprensa e propaganda do governo federal, com grande vantagem sobre a "Hora do Brasil", mais conhecida como  a hora do silêncio radiofônico.

 

Não foi somente a Rede Globo, mas grande e poderosa parcela da mídia financiada pelo capital especulativo internacional, que criou a falsa idéia de que com FHC reeleito seria melhor para o Brasil do que sem ele no poder. A consequência está aí : uma catástrofe. Qualquer candidato não encontraria como única solução para crise que os aposentados e pensionistas pagassem a conta. As grandes fortunas são intocáveis?

 

Agora a grande mídia quer culpar o Itamar pelo retumbante fracasso da artificial política econômica brasileira, onde qualquer "cabeça de bagre em economia"é considerado um grande economista, em imagem criada pela propaganda. Nosso melhor ministro da Fazenda de todos os tempos foi um médico homeopata, Joaquim Murtinho.

 

O único jornal televisivo de credibilidade era o da Bandeirantes, quando ancorado pelo jornalista Paulo Henrique Amorim, com total independência, Enquanto o Jornal Nacional da Globo responsabilizou a moratória de Itamar, pela fuga de dólares do Brasil e crise nas Bolsas, o Jornal da Band, através de Amorim, propalava a hipótese verdadeira de que esses fatos foram motivados pelo fracasso da política econômica do governo federal.

 

Em certa noite, a manchete  da Globo era: "Grupos de oposição se reúnem para apoiar o calote do governo mineiro". E , na mesma noite, na Band: "O Brasil provoca uma corrida aos títulos do governo americano".

 

Resultado: Paulo Henrique Amorim está fora da Bandeirantes...

 

 

 

João Baptista Pimentel Jr.

Advogado e Escritor

 

 

Revista Fanzine - O Poder da Mídia - João Baptista Pimentel Jr.

10.2014

A Privada
O advogado e escritor João Baptista Pimentel Jr. escreveu sobre este local democrático

 

Certa feita escrevi, nesta modesta coluna, que a maior invenção do século é o desodorante, porém um colunista de outro jornal assevera que é a bacia da privada, o popular "troninho".

 

Entretanto, em minha opinião, um dos mais aplazíveis e democráticos recantos da terra é a própria privada, ou latrina, ou dejetório, ou secreta. O fleugmático inglês dá-lhe o pomposo nome de water closet (W.C.)

 

É "neste lugar solitário, onde a vaidade se acaba, onde o covarde faz força e todo valente se ...," que homens tornam-se iguais, sejam ricos ou pobre. Nem o rei, nem o presidente da república, o prefeito, o senador, o deputado, o papa, as belas misses e os diplomatas escapam de arrear as calças e sentarem lá. Todos são iguais perante uma privada, inexistem privilégios. Isso é que um é um local democrático!!!

 

Diz o dito popular que o homem tem certeza de duas coisas, da morte e de que irá pagar impostosos. Eu acrescento uma terceira certeza: a de que, diariamente, comparecerá a uma privada.

 

Trata-se de um local de silêncio e meditação. É um verdadeiro confessionário. Alguns lá preferem ler jornais, livros, revistas, publicações pornô, etc., outros o almanaque capivarol, confortavelmente sentados, como um rei em seu trono. Há até quem atenda o celular no W.C. - "Pronto, estou falando diretamente de meu banheiro. Um minuto só, espere eu me limpar..."e , se for mais pernóstico poderá dizer. "Just moment, please...".

 

Quem garante que as grandes obras literárias não foram inspiradas, sob os fortes odores daquele recanto tão contemplativo?

 

Quem garante que os grandes projetos atuais do Congresso Nacional não tenham nascido, no silêncio daquelas quatro paredes, entre os dejetos expelidos pelos nobres congressistas?

 

A verdade é que, em filosofia, o local é imbativel. Há muitos anos atrás, estava grafitado numa das paredes de um W.C.da FAFI de Rio Claro, a seguinte "pérola": "Virgindade dá câncer". No outro dia um 'filosofo latrinal (neologismo - inventei hoje) deu o "troco"da seguinte forma: "Diga isso à sua irmã, seu bicha enrustido".

 

Mas ninguém escapa à filosofia dos W.C.s públicos. Nem o pobre nem o imperador. Torno a dizer, lá existe a verdadeira democracia e liberdade de expressão. Numa pesquisa realizada, em banheiros públicos, foi constatada, sobre o pobre, a seguinte e profunda frase filosófica: "Se as fezes fossem dinheiro, o pobre nasceria sem nádegas". E sobre o imperador: "Defecar é a lei do mundo, defecar é a lei do universo, defecou Dom Pedro Segundo, defecando fiz este verso".

 

 

João Baptista Pimentel Jr.

Advogado e Escritor

 

 

Revista Fanzine - Em Busca da Felicidade

09.2014

Em Busca da Felicidade
O advogado e escritor João Baptista Pimentel Jr. escreveu sobre a verdadeira felicidade

 

Fausto, parece até um trocadilho, vivia faustosamente. Nasceu com uma estrela brilhando. Tudo que pudesse desejar ele possuia. Bens materiais não lhe faltavam. Dinheiro, mulheres, luxo, viagens, turismo, mansões, carros  importados dos mais sofisticados. Amigos, então, nem preciso dizer... E, por incrível que pareça, ele tinha um verdadeiro amigo desinteressado, muito religioso, o Paulo.

 

 

Fausto, apesar de aprecia-lo, por vezes até o "gozava", devido à sua crença. Todavia, admirava-o, porque embora não fosse rico como ele, estava sempre sorrindo para a vida.

 

Até que um dia, Fausto percebeu que algo lhe faltava, por isso  não se sentia feliz, não obstante possuir tantos bens materiais.

 

Certo domingo, ao cair da noite, após uma semana cheia de divertimentos, Fausto sentia-se entediado. Um vazio ocupa seu coração. Percebia suas limitações.

 

Foi quando encontrou com o amigo que vinha do culto noturno da igreja. Confidenciou-lhe seu tédio. Paulo, então lhe disse: "Você não vai gostar do que lhe vou falar, mas tenho que lhe dizer. Certo psicólogo, estudando essse tédio domingueiro, através de pesquisas, descobriu que é proveniente da falta da pessoa ir à igreja, nesse dia, exclusivamente, dedicado a Deus. 

 

O ser  humano, inconscientemente, sente falta da religião, por melhor que seja seu comportamento perante a humanidade.

 

Salomão, que viveu todas as glórias do mundo, e vestia-se com as mais preciosas vestes, não se sentia feliz sem a presença de Deus, sua suprema aspiração. Deus lhe concedeu todos os dons, inclusive a sabedoria.

 

Meus pais batizaram-me de Paulo em homenagem a esse apóstolo dos gentios, que anteriormente, se chamava Saulo. Antes, perseguia, implacavelmente, os cristãos. Convertido levou o Evangelho, pelo mundo, até Roma, onde, como , mártir morreu glorificando Cristo".

 

 

João Baptista Pimentel Jr.

Advogado e Escritor

 

 

Revista Fanzine - João Baptista Pimentel Jr. - Crônista

08.2014

"O Mês de Augusto!" 
 

Agosto, através da tradição popular, tem sido, injustamente, tachado de mês do azar, do desgosto e do cachorro louco.

 

No entanto, o oitavo mês do ano, foi dedicado, pelos romanos, a Caius Julius Caesar Octavianus, o mais brilhante dos imperadores da Roma Antiga, sobrinho-neto de Júlio Cesar, que o adotou como filho e seu sucessor.

 

O povo romano, chamou-o de Augustus (Augusto), que significa, nobre. Daí, o nome do mês, augustus (agosto). 

 

E, como o sétimo mês do ano foi denominado de julho, em homenagem ao imperador Júlio Cesar, tinha trinta dias, e o mês dedicado a Augusto, trinta, para que este não se melindrasse, foi retirado um dia de fevereiro e acrescentado a agosto.

 

O reinado de Augusto foi o período mais brilhante da história romana, por isso, denominado o Século de Augusto, que não só trouxe a paz ao mundo, cansado de guerras, como também, incentivou as letras,a poesia e a eloquência, nas quais brilharam, com esplendor incomparável, Horácio, Virgílio, Tito Lívio, Salústio, Ovídio e outro, representando, suas obras, a mais alta expressão do gênio latino. E, com seu apoio, Mecenas patrocinou, generosamente, as letras e as artes.

 

Por outro lado, no mês de agosto, nasceram, em Rio Claro, Carlos Carvalho, o Patrono dos Contabilistas, meu pai, João Baptista Pimentel, cujo pseudônimo era J. Triste, o poeta de Rio Claro, e, em Laranjal Paulista, neste Estado, Arthur Luchini Bilac, o grande educador, contabilista e poeta da Cidade Azul.

 

Carlos Carvalho, de quem tenho laços de parentesco, foi um dos maiores gênios do Brasil. O primeiro a aplicar a escrituração por "partidas dobradas", na contabilidade pública do Estado de São Paulo. Escreveu várias obras importantes de Contabilidade e de Direito Civil.

 

João Baptista Pimentel, J. triste, foi colaborador do Jornal Diário de Rio Claro, por mais de meio século, com poesias e crônicas. Escreveu:"No meu silêncio", em 1952, e "Simplicidade, em 1957, livros de poesias, crônicas e rimas sertanejas.

 

Arthur Bilac fundou, nesta cidade, uma das mais eficientes escolas de ensino comercial do Brasil,a Escola Técnica de Comercio " Prof. Arthur Bilac", grande educador, contabilista e poeta, é autor da poesia " Cidade Azul", homenageando a sua terra por adoção, Rio Claro.

 

Foi em agosto, também que o maior estadista brasileiro, de todos os tempos, Getúlio Vargas, partiu, deste mundo, para ingressar na História da Pátria, e ocupar um lugar destacado, no Panteão dos Imortais, no lugar reservado aos grandes líderes e patriotas do Brasil.

 

Paradoxalmente, seu trágico suicídio, constitui-se em sua última vitória. A notícia de sua morte chegou ao conhecimentos de seus inimigos, no momento, em que festejavam o anúncio de sua forçada renúncia ao governo.Surpreendidos, e, extremamente, chocados, acabaram com a festa. houvera prometido que só sairia morto do Palácio do Catete. E cumpriu a promessa...

 

Portanto, agosto não merece a triste fama criada pela imaginação popular...

 

 

João Baptista Pimentel Jr.

Advogado e Escritor

 

 

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